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MISSÃO

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Tornar possível para crianças, adolescentes e jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social serem protagonistas da própria vida e conscientes dos próprios anseios e talentos, por meio de atividades e experiências educativas, educacionais, culturais, artísticas e esportivas. Não sendo escola formal e sem querer substituir a escola, podemos ajudar os nossos alunos a entender a própria vocação, os talentos que possuem e as possibilidades reais para fazê-los brotar. 

VALORES

BELEZA • CONFIANÇA • AMOR AO PRÓXIMO • AMOR À LIBERDADE • BEM COMUM

A Beleza é o sinal da maior aspiração do coração do homem; esta pode se expressar e ser compartilhada entre as pessoas se existe confiança. Para poder confiar é necessário amar o próximo e amar a liberdade, que é o bem mais precioso de cada ser humano. Tudo isso possibilita uma sociedade que anseia pelo bem comum e o promove de forma ativa. 

VISÃO

Um lugar de educação autêntica e integral para crianças, adolescentes e jovens que contribui para a construção de uma comunidade humana fundada na confiança recíproca, na colaboração, na compreensão curiosa e racional dos eventos e dos fenômenos, no profundo amor à realidade e às pessoas.

“Não deixem a vida passar, mas tomem sua vida em suas mãos e decidam fazer dela uma autêntica e pessoal obra-prima!”.

João Paulo II aos jovens, 1985.

 

Paolanew
PAOLA CIGARINI

Coordenadora do projeto

QUEM SOMOS

Acolhendo diariamente 518 crianças de 6 a 17 anos que estejam regularmente matriculadas e cursando a escola formal do 1º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio, nos turnos matutino e vespertino, o Centro Educativo João Paulo II encontra-se na região que antigamente era chamada de Novos Alagados, por causa da presença de muitas casas de madeira, as palafitas, que a população construiu de forma espontânea e desordenada ao longo do litoral da Enseada do Cabrito. Operando desde o ano de 2000, a Instituição tem como objetivo principal apoiar as crianças e os adolescentes, complementando o ensino recebido nas escolas formais e oferecendo um ambiente educativo saudável que favoreça o desenvolvimento integral delas. Desde o seu surgimento, o Centro Educativo foi pensado como um local bonito esteticamente, que oferece proteção e cuidado para as crianças no horário oposto ao escolar. No decorrer dos anos, a instituição foi aprimorando a sua proposta educacional, assumindo uma conotação mais precisa em termos de didática e complementação do ensino escolar, tendo amadurecido a compreensão de que a marginalização social, no atual momento de desenvolvimento econômico do país, determina-se, sobretudo, por meio da baixa escolaridade, que prejudica o futuro percurso humano, profissional e pessoal das crianças e dos adolescentes.

A gestão do Centro Educativo João Paulo II e das suas atividades acontece por meio da Associação Humano Progresso Brasil, associação sem fins lucrativos, cuja finalidade é o direcionamento, o acompanhamento e a promoção das atividades voltadas ao público infanto-juvenil, além da captação de recursos e da manutenção de parcerias. Membro fundador da Associação Humano Progresso Brasil é a Fondazione Umano Progresso, entidade filantrópica italiana, sediada em Milão, que fomenta, apoia e impulsiona as atividades do Centro Educativo João Paulo II desde a sua construção.

Politica de transparência
A Associação Humano Progresso Brasil é reconhecida pelo CMDCA – Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Salvador/BA.Membro da CDO Obras Sociais.
Membro da rede do Mesa Brasil SESC/BA.

A HISTÓRIA

A história do Centro Educativo João Paulo II é uma pequena história de amor, de uma preferência que se mantém ao longo de 20 anos, na comunidade de Novos Alagados.

Em 1995, lendo o jornal, uma senhora na Itália, ficou impactada com a notícia de uma chacina de moradores de rua – na maioria crianças até 12 anos – conhecida como a Chacina da Candelária, no Rio de Janeiro, e começou a desejar realizar algo em prol das crianças brasileiras. Naquela ocasião, convocou seus familiares e amigos para contribuir com o seu desejo. Dialogando com o amigo Padre Luigi Giussani, fundador do movimento católico Comunhão e Libertação, surgiu a sugestão de fazer uma viagem ao Brasil para conhecer a realidade do país, visitando obras sociais em diversos estados do Brasil. Ao chegarem à cidade de Salvador os futuros fundadores do Centro Educativo João Paulo II conheceram a região na época chamada de Novos Alagados, na Enseada dos Cabritos, onde presenciaram a brincadeira das crianças em meio às palafitas, em áreas de mangue. De toda a viagem ao Brasil, esse foi o fato que mais os comoveu e por causa disso decidiram começar uma intervenção nessa localidade.

Conversando com Padre Luigi Giussani sobre as experiências feitas durante a viagem, decidiram se empenhar, por meio da Fondazione Umano Progresso, criando dois ambulatórios de pediatria implementados em duas creches comunitárias atuantes à época na região, a Creche João Paulo II (Associação Condividere) e a Creche São José Operário (Sociedade Primeiro de Maio). Os ambulatórios atendiam às necessidades das crianças, que em sua maioria possuíam altos índices de desnutrição, além de doenças devidas às condições insalubres das moradias e da água. O ambulatório contribuía no acompanhamento das mães com as crianças nos primeiros anos de vida. Posteriormente, em 1998, durante outra visita da Fondazione Umano Progresso à Creche João Paulo II nasceu uma pergunta: “E esses meninos, depois que deixam a Creche, vão para onde, o que será deles? ”.

Como resposta, nasceu o projeto para construir um espaço em que crianças e jovens do ensino fundamental tivessem um lugar seguro para se desenvolver e melhorar o rendimento escolar, proporcionando atividades no contraturno que ocorressem num ambiente favorável ao desenvolvimento integral e protegido da crescente violência que estava acontecendo na área. Inicialmente, em um pequeno espaço cedido pela Creche João Paulo II, iniciaram-se as atividades de reforço escolar com 20 crianças enquanto ocorria a construção do atual Centro Educativo João Paulo II, que foi finalizada em 1999. Já no seu primeiro ano de funcionamento, o ano de 2000, cerca de 140 crianças foram matriculadas, e a cada ano foi aumentando o número de beneficiados.